domingo, 23 de agosto de 2009

Noite de frio



Mais uma noite em que olho para o lado e não encontro ninguém. É só mais uma noite, que simboliza o fim de mais um dia, que na verdade traduz anos e anos de solidão festejada e alguns últimos meses de lamentação. Definitivamente não quero mais ser sozinha! E, infelizmente, meu querer não basta. Ainda que eu olhe e encontre a tal metade da minha laranja, que não quis procurar por muito tempo, nada me garante que eu não passe de uma melancia, uma abobrinha, uma jabuticaba, ou um simples pedaço de chuchu (o quarto estado físico da água, completamente inodoro e insípido), ou seja, nada de encaixes perfeitos de metades ideais... Penso que essa urgência de companhia se deva ao frio. Faltam pés embaixo do edredom para curtir a preguiça comigo. Falta aquele abraço anti-brisa, o beijo que esquenta a orelha... E além de todas as carências, existe um coração amargo e descrente, prestes a se desfazer de vez em cinzas de possibilidades impossibilitadas.

Chega, calor, chega...!?!...


Nenhum comentário: