sábado, 29 de agosto de 2009

Sobre FELICIDADE

“Na verdade nunca se é feliz pra sempre...”. Você me disse isso e, de repente, me dei conta de que o fato real é que as pessoas não têm percebido a felicidade que ronda a vida da gente... Os avanços e a rapidez com que coisas avançadas tornam-se ultrapassadas têm criado uma idéia ilusória de que podemos descartar o velho jeito de ser feliz e partir em busca de uma felicidade eufórica e extasiante, típica de final de comédias românticas ou de desfechos de filmes de super heróis. A cada frustração de anseio não cumprido de felicidade eterna, eu reafirmo o pensamento que tenho de que a idealização da felicidade já é, por si só, o maior impasse para que possamos ser realmente felizes. Isso porque idealizamos muito e acabamos por inventar uma coisa que não existe. E coisas que não existem não podem ser alcançadas. Acho que é daí que vem a sensação de insatisfação, de incompletude, de necessidade de mais, e de melhor, e de maior... Parece que nada basta ou é bom o suficiente. As dimensões que vivenciamos sempre são inferiores e menos inebriantes que aquelas que supomos ser possível sentir, só que ao invés de reformularmos nosso ideal para algo mais palpável e valorizarmos o que já temos, preferimos descartar o que julgamos indigno de admiração e rumar em direção a uma estrada desconhecida, pelo simples motivo de ser mais fácil destruir que reformar.

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