segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Criar juízo? Não sei o que ele come...!


Tendo mais um dia daqueles...

Tô de saco cheio de ver minha vida ser podada em prol da tranqüilidade dos outros. Ser parceiro para mim é muito mais que dar ordens, sugerir mudanças, definir projetos e esperar que apenas uma parte dê conta do recado. Recado? Isso está mais pra testamento! Carta quilométrica de fã apaixonado. E aqui não tem milhões de EU TE AMO escrito, não. Tem é muito TE EXPLORO, TE EXPLORO, TE EXPLORO. Na cara dura. Sem disfarce. E eu vou agüentando. Sei que preciso. E, além disso, me propus e me comprometi com isso. Só que na hora do tão esperado "sim" eu esqueci desse meu perfeccionismo assustador, gigante, malvado. 



Assumo que quero tudo certinho sempre. Que isso irrita. Que as coisas não precisam ser levadas tão a ferro e fogo como levo e que ninguém tem a obrigação de ser assim só porque eu sou. Só que hoje eu me espantei (é, ainda me espanto!!) com a falta de bom senso das pessoas. Acho que se eu estivesse em um jardim de infância encontraria pessoas mais comprometidas com o bom andamento do mundo. Esses moleques barbados e essas meninas vacinadas não aprenderam a ser gente grande ainda. 

Tá. Talvez eu também não tenha aprendido ainda. Pode ser que falte muito para eu amadurecer. Mas, santo Deus, custa ter um pouco de noção do que é assumir uma responsabilidade? Cansei de ouvir que em supermercado não vende comida que juízo come. Certamente ele não come satisfação... porque estou vendo a minha ser mastigada dia-a-dia e nenhum Sr. Juízo aparece para me dar notícias se o gosto agrada ou não.

O Lenine pediria para eu ter "um pouco mais de paciência"... Mas, depois de hoje, de ontem, dos últimos tempos, eu retrucaria "será que é tempo que lhe falta pra perceber? será que temos esse tempo pra perder?".

Tô de saco cheio da maioria das pessoas que me cercam. Eu sei que é passageiro, só que hoje isso não quer passar...

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