domingo, 13 de janeiro de 2013

Once again



Vira uma. Vira duas. Vira três. Vira dez. Como se meu estômago pudesse parar de revirar estando cheio de tequila e amargura.
Penso em empacotar coisas, em aumentar o som para o Radiohead berrar...  (será que ensurdecendo deixo de ouvir meus pensamentos?) Será que esse alarme que soa dentro da minha cabeça realmente indica perigo? Será que devo abandonar o barco? Remar contra a correnteza tem gastado todas as minhas energias. Mas recomeçar não estava em meus planos.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Tô voltando...

Acabei de ler um trecho do Caio Fernando Abreu e me bateu uma vontade (necessidade) de escrever de novo. Preciso criar coragem e iniciar o processo de desintoxicação. Nada melhor para isso que vomitar tudo em palavras... e ele descreveu bem o processo:
"Escrever é enfiar um dedo na garganta.
Depois, claro, você peneira essa gosma,
amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor.
Mas o momento decisivo é o dedo na garganta."
 
Flores ou espinhos, não importa. Limpeza é a palavra de ordem a partir de agora!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Criar juízo? Não sei o que ele come...!


Tendo mais um dia daqueles...

Tô de saco cheio de ver minha vida ser podada em prol da tranqüilidade dos outros. Ser parceiro para mim é muito mais que dar ordens, sugerir mudanças, definir projetos e esperar que apenas uma parte dê conta do recado. Recado? Isso está mais pra testamento! Carta quilométrica de fã apaixonado. E aqui não tem milhões de EU TE AMO escrito, não. Tem é muito TE EXPLORO, TE EXPLORO, TE EXPLORO. Na cara dura. Sem disfarce. E eu vou agüentando. Sei que preciso. E, além disso, me propus e me comprometi com isso. Só que na hora do tão esperado "sim" eu esqueci desse meu perfeccionismo assustador, gigante, malvado. 



Assumo que quero tudo certinho sempre. Que isso irrita. Que as coisas não precisam ser levadas tão a ferro e fogo como levo e que ninguém tem a obrigação de ser assim só porque eu sou. Só que hoje eu me espantei (é, ainda me espanto!!) com a falta de bom senso das pessoas. Acho que se eu estivesse em um jardim de infância encontraria pessoas mais comprometidas com o bom andamento do mundo. Esses moleques barbados e essas meninas vacinadas não aprenderam a ser gente grande ainda. 

Tá. Talvez eu também não tenha aprendido ainda. Pode ser que falte muito para eu amadurecer. Mas, santo Deus, custa ter um pouco de noção do que é assumir uma responsabilidade? Cansei de ouvir que em supermercado não vende comida que juízo come. Certamente ele não come satisfação... porque estou vendo a minha ser mastigada dia-a-dia e nenhum Sr. Juízo aparece para me dar notícias se o gosto agrada ou não.

O Lenine pediria para eu ter "um pouco mais de paciência"... Mas, depois de hoje, de ontem, dos últimos tempos, eu retrucaria "será que é tempo que lhe falta pra perceber? será que temos esse tempo pra perder?".

Tô de saco cheio da maioria das pessoas que me cercam. Eu sei que é passageiro, só que hoje isso não quer passar...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pessoas


Sou incapaz de descartar pessoas. Mantenho as que gosto e até as que não suporto. Levo comigo as que me fazem bem e as que são só um peso nas minhas costas. Cultivo as que amo e convivo com as que odeio.  Mas independente de querer tê-las sempre por perto ou de reclamar por ter de aturá-las, nunca consigo deixar essas pessoas passarem. Nunca viro a página, e, se viro, me arrependo e volto ao início de novo... Passo tempos me convencendo de que apaguei rostos e cheiros da memória. Só que um belo dia acordo, e sem o menor esforço, caras conhecidas me aparecem na cabeça, deixam meu coração apertado... e tudo volta! Eu me espremo toda e acabo concordando em reservar um espaço para elas outra vez permanecerem nos meus dias, nos meus pensamentos...Infelizmente, sou assim! Parece que não me reconheço se não reconhecer tudo e todos que fizeram parte de mim. Parece que não prossigo se eu não voltar toda vez para relembrar como as coisas aconteceram até eu chegar até aqui. Complicado isso.

sábado, 10 de setembro de 2011

Um pensamento breve sobre as DIFERENÇAS

Qual a minha opinião a respeito das diferenças?? Bem, eu sempre busquei o diferente!


Acho que temos que nos relacionar com pessoas que tenham os mesmos valores ou valores parecidos com os nossos..., mas, em relação aos gostos, quanto mais diferentes eles forem, melhor! Porque só assim vamos ter a chance de ampliar nosso campo de visão...
Até porque com a convivência é normal que as pessoas passem a se parecer mais e a dividir mais coisas em comum à medida em que um vai adquirindo idéias, manias, gostos que aprendeu com o outro... E se essas diferenças não existirem no início, muito pouco se acrescenta em sua vida e na vida de quem está convivendo com vc...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas dentro da sua cabeça?"


Do mesmo modo que falar e falar e falar pode acabar estragando tudo (pela falta de cuidado com o que se é falado), a mudez também pode ser destrutiva, já que não há nada a ser dito, mas muito a ser pensado (inventado?), enquanto o silêncio paira e dançam em nossa frente hipóteses e razões e desconfianças...

Nesse momento, um balé irritantemente descontrolado ensaia passos em minha mente...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Once again


Novamente essa dor que corrói, que seca, que esteriliza, que converte vontade em desilusão. Mais uma vez esse sentimento de incapacidade, de incompetência, de impotência; esse martírio de perguntas sem respostas, de respostas que não respondem a nada, de um nada cheio de vazio, de falta, de espaço a ser preenchido.

Sinto falta do que não conheço, rabisco rostos de pessoas que nunca vi, imagino conversas que nunca tive, falo comigo mesma sem saber quem sou eu mesma, se é comigo mesma que falo, ou com qualquer outra pessoa que invento em minha vida.

Se invento pessoas??? É claro que invento!

Invento a mim mesma. Me invento melhor que na verdade sou, me invento de um jeito que seja agradável me sentir. E invento as pessoas... de um modo que eu as possa suportar, de um jeito que não me doa conhecê-las, de forma que possamos conviver pacificamente. E, é lógico que também invento a paz! Isso é óbvio.

Em minha vida nada tem o colorido da realidade, o cheiro da verdade. Tudo é desbotado, tudo cheira a mofo, tudo se resume a cinzas de uma pessoa que eu tento ser, mas que a tristeza queima, dissipa. Tudo acaba sendo um tentar sem conseguir, um planejar sem concretizar, um desejo que não se realiza, uma espera por algo que nunca chega, uma busca por alguém que jamais se encontra. Cansaço. Desânimo. Frustração.

E mais tristeza...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"Mãos e braços, beijos e abraços... Pele, barriga e seus laços"

E eu fico beijando seu corpo inteiro, como se fosse capaz de te mapear através dos sabores que invadem minha língua enquanto passeio por sua pele. Pode parecer vulgar querer desvendar seus caminhos assim, mas pode acreditar que, muito mais que desejo, isso é amor. Um amor que não sei de onde surgiu, mas que tem me levado a descobrir trilhas que havia interditado há muito tempo em mim. E abrindo estradas que me ligam ao mundo, consigo ir e vir em sua procura... Viajo em cada centímetro do que é seu, descobrindo cheiros e texturas e segredos que finjo manter intactos, mesmo sabendo que nada permanece igual depois que nos misturamos numa madrugada sem fim.

domingo, 25 de julho de 2010

Mais uma sobre minhas constatações...

Mais uma vez invento que sinto aquilo que desejo sentir. Mais uma vez essa onda de calor invade meu corpo, avisando meu coração que as noites de frio podem passar e a luz pode voltar a brilhar dentro de mim. Devo ficar até mais bonita nessas vezes todas em que me engano ao achar que a solidão vai seguir viagem, desvencilhando-se de mim. Acontece que é só mais uma vez. Como tantas outras vezes em que acreditei que a felicidade estava a um passo, quando, na verdade, ela estava a quarteirões e quarteirões de distância. E, então, me pus a buscar por ela, gritar seu nome, na tentativa de encontrar algum sinal que confirmasse sua presença. Perdida, cansada, acabei voltando ao ponto de partida, sozinha (mais uma vez!). E percebi que meus sentimentos nunca passaram de ilusão, que meu coração continua frio, que meu corpo é envolto em sombras e que a amargura tem feito de mim um ser feio, repulsivo... E seres repulsivos não conseguem atrair coisas boas. Pessoas assim só atraem mais repulsividade e, por conseguinte, mais solidão.

... Estou apenas desabafando minha angústia. Mais uma vez.

sábado, 17 de julho de 2010

Lado B

Você despertou em mim um lado doce.


Maçã do amor em parque de diversões, entende?






É como meiar um sonho de manhã na padaria ou construir castelos de sorvete que derretem com a chuva de calda de chocolate. O engraçado é que há tempos meu coração não baixa a guarda assim, afinal, não me permito imaginar situações desse tipo para a minha vida. Mas você me transmite paz. Uma paz que interpreto como tranqüilidade banhada em açúcar - quero cristalizá-la para não perdê-la; e viver me adocicando nesses torrõezinhos de felicidade tão sublimes!


Inesperado é o fato de eu estar gostando de me sentir melosa assim...